O site Politico publicou, nesta sexta (3), um documento vazado que traz detalhes dos planos da família real britânica nos dias seguintes a morte da Rainha Elizabeth 2ª, de 95 anos. Segundo o portal, a operação batizada de London Brige (Ponte de Londres, em tradução livre) traz um passo a passo dos eventos reais e das ações das grandes lideranças políticas nos dez primeiros dias após a morte da monarca.
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Chamado de “Dia D”, o falecimento de Elizabeth 2ª será comunicado ao primeiro-ministro britânico por telefone. Em seguida, uma série de ligações seriam disparadas para ministros e figuras políticas do primeiro escalão. “Nós acabamos de ser informados da morte de Sua Majestade A Rainha” será a frase dita ao telefonema, o qual pedirá também a discrição de todos.
Após as principais lideranças políticas da Reino Unido serem informadas, as bandeiras em Whitehall, Londres, serão postas a meio mastro. Todas os sites ligados ao governo britânico apresentarão uma tela preta confirmando a morte da rainha. Já as contas governamentais em redes sociais só poderão realizar publicações com autorização do chefe de comunicação do país.
Por fim, seu filho e agora o principal membro da monarquia, Charles fará um pronunciamento em rede nacional para falar sobre a morte da rainha, que é a dona do trono britânico desde 1952.
Dia D + 1
O dia seguinte, chamado de Dia D + 1, será marcado pela visita de Charles ao Palácio de Saint James, onde encontrará o Conselho de Adesão que o proclamará o novo rei do Reino Unido. Políticos do alto escalão serão convidados ao local e devem comparecer com gravatas pretas ou escuras.
Dia D + 2
O caixão da rainha será levado para o Palácio de Buckingham, em Londres. Caso ela esteja em Sandringham, sua residência em Norfolk, na Inglaterra, seu corpo será transportado pelo próprio trem real.
Segundo o site Politico, pequenas operações foram planejadas para este momento: a Operação Unicórnio e a Operação Overstudy (Estudar Demais, em tradução livre). Cada um destes planos tem como objetivo traçar rotas de locais em que comumente Elizabeth 2ª está, como em Balmoral, na Escócia.
Dia D + 3 e Dia D + 4
O agora Rei Charles será recebido no salão de Westminster onde passará por uma moção de condolências. À tarde, ele viajará à Escócia onde encontrará o parlamento local. No dia seguinte, visitará à Irlanda do Norte, local no qual passará por outra moção de condolências.
Dia D + 5
Com o caixão no Palácio de Buckingham desde o Dia D + 2, o corpo de Elizabeth 2ª será levado do local para o Palácio de Westminster em uma rota por Londres não detalhada na publicação do Politico.
Dia D + 6 ao Dia D + 9
O corpo da Rainha Elizabeth 2ª ficará exposto 23 horas por dia à visitação pública no Palácio de Westminster. Esta cerimônia não será destinada a líderes de Estado ou outras autoridades.
Dia D + 10
O funeral de Estado da Rainha Elizabeth 2ª será realizada na Abadia de Westminster, mesmo local onde o príncipe William e a princesa Kate se casaram em 2011. Haverá também dois minutos de silêncio que devem ser respeitados em todo Reino Unido. Uma procissão ocorrerá entre Londres e Windsor. Por fim, a rainha será enterrada no Capela Memorial do Rei George VI.
Preocupações e riscos no funeral
De acordo com o documento, alguns departamentos temem a comoção que a morte da rainha pode causar. Casos de transportes lotados com o deslocamento em massa a Londres, possíveis atentados terroristas em locais de grande concentração de pessoas ou até mesmo a segurança de chefes de Estado do mundo todo que visitem à Inglaterra, são algumas das preocupações britâncias.
Vazamento irritou Gabinete oficial do Reino Unido
O Gabinete do governo do Reino Unido, que dá apoio tanto ao primeiro-ministro Boris Johnson quanto à Família Real, ficou irritado com o vazamento do documento ao site Politico. Segundo o jornal inglês The Telegraph, a versão do documento publicado pelo portal é de alguns meses atrás.
A publicação ainda destaca que a família real e políticos ficaram “irritados” e “frustrados” com o vazamento, já que a Rainha Elizabeth 2ª está plenamente saudável. O Gabinete deve iniciar um inquérito para descobrir quem enviou o documento ao site Politico.
Ainda de acordo com o The Telegraph, há uma outra versão mais sensível do documento que foi entregue a cerca de dez pessoas. Do R7