A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro intimou a empresária e blogueira Maria Cristina Fontes de Mattos, também conhecida como Tininha Mattos, para prestar depoimento sobre um vídeo postado por ela nas redes sociais em março deste ano. No vídeo, ela fala sobre esfaquear Bolsonaro e um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
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O depoimento deve ser realizado na próxima sexta (10). A intimação, que cita crime contra a Segurança Nacional, foi feita nesta sexta-feira (3) e atendeu a um pedido feito em setembro pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para apurar supostos crimes contra o deputado Eduardo Bolsonaro.
Em seu parecer, o promotor André Luís Cardoso pede que a delegacia especializada faça diligências após uma denúncia de ameaça de “facada” e incitação à violência contra a família Bolsonaro.
“Ia dar outra facada”, disse em vídeo
Na ocasião, Tininha Mattos gravou uma sequência de vídeos em que lamenta ter chegado atrasada ao trabalho e, consequentemente, ter perdido a oportunidade de encontrar o presidente Jair Bolsonaro e os filhos dele, que cumpriam agenda no mesmo endereço, no Rio de Janeiro.
Ela diz nos vídeos que perdeu a oportunidade de fazer um escândalo e que “ia dar outra facada” no Bolsonaro com uma faca de pão. “Provavelmente no Eduardo Bolsonaro que é quem eu mais odeio”.
Após os vídeos, o deputado Eduardo Bolsonaro entrou com uma ação de indenização por danos morais contra a empresária. A advogada do parlamentar, Karina Kufa, alega que Tininha publicou em sua conta no Instagram uma série de stories com conteúdo ofensivo.
Defesa diz que inquérito é ilegal
O advogado de Tininha Mattos, Jefferson de Oliveira, afirmou que sua cliente falou sobre a facada em tom de brincadeira e de forma irônica.
Ainda segundo ele, o próprio deputado teria concordado, durante uma audiência de conciliação, que Maria Cristina não cometeu crime.
“A defesa de Maria Cristina Mattos informa que a cliente foi intimada hoje, data 3 de dezembro, para prestar esclarecimentos sobre um inquérito inconstitucional e ilegal uma vez que ela jamais cometeu crime. Essa afirmação foi também compartilhada pelo próprio deputado em audiência de conciliação no 6º Juizado Especial de Brasília. O advogado Jefferson de Carvalho informa ainda que impetrara nos próximos dias, com fim de trancamento policial, um habeas corpus eis que o inquérito é manifestamente ilegal”, diz a nota. Do Portal Tilhas News