O paradeiro do homem pateta, autor de um perfil nas redes sociais com nome de “Jonathan Galindo”, que estimula crianças e adolescentes ao suicídio em todo o mundo, foi descoberto pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta semana.
O responsável pelo perfil original seria italiano e já estaria preso naquele país, segundo informações repassadas pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), à investigação brasileira.
Conforme o site Metrópoles, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente do DF suspeita que existam outras pessoas por trás dos inúmeros perfis do homem pateta e aprofundou as investigações após um episódio registrado no último sábado (27), com uma criança brasiliense de 10 anos.
Na ocasião, o garoto trocou mensagens em inglês através de uma conta no Instagram, que pertencia a mãe dele. A mulher contou ao site Metrópoles que ao pegar o telefone que estava com o filho de volta, notou um diálogo com um perfil desconhecido e pediu desculpas antes de ler o conteúdo da conversa. Foi, então, que teve uma resposta ameaçadora:
“Deixaele jogar comigo. Logo depois você o verá morto. Cuide do seu filho ou eu vou fazê-lo se matar”.
Um alerta sobre os perfis criados com fotos que remetem ao personagem Pateta, da Disney, chegou a ser emitido por órgãos de segurança pública de Santa Catarina há aproximadamente 15 dias. Ainda não há registros de vítimas no Estado.
A utilização desses perfis começou em 2017, com Baleia Azul e Boneca Momo, em países de língua espanhola, principalmente no México. Recentemente, foi identificada a criação desses conteúdos no Brasil. São perfis criados por imitadores, traduzidos para o português e com o mesmo objetivo.
Como funcionam os perfis
Segundo o agente da Polícia Civil de Santa Catarina, Ivan de Souza Castilhos, os responsáveis por esses perfis conhecidos como “homem pateta” têm a intenção de assustar jovens e crianças, utilizando um tipo de máscara que lembra o personagem da Disney, “Pateta”, porém com algumas deformidades.
“Esses perfis têm poucas postagens e desafiam as pessoas a segui-los e enviar uma mensagem privada. Feito isso, é só esperar o retorno deles, que se dá através do envio de mensagens, vídeos, áudios ou até mesmo de uma ligação por vídeo ao vivo. O conteúdo da resposta tem a intenção de causar desconforto, medo e, em alguns casos, tenta provocar o suicídio “, explicou o agente.
Para denunciar, o telefone é o 181. Também é possível entrar em contato pelo WhatsApp da Polícia Civil (48) 98844.0011. Caso seja vítima de um dos perfis, a pessoa também pode registrar boletim de ocorrência virtual em https://delegaciavirtual.sc.gov.br/. (Fonte NSC).