De julho para agosto, subiu o preço médio do cesto de 57 produtos básicos, segundo dados da pesquisa realizada pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, em parceria com a área de Pesquisa e Estatística do Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom Pesquisas). Neste mês, o preço do cesto aumentou 3,31% em comparação com julho e custa R$ 1.842,98.
Clique aqui e receba notícias de Chapecó e Região, do Brasil e do mundo pelo WhatsApp
Se a comparação for feita entre os últimos 12 meses, de agosto de 2020 até agora, há o aumento significativo de 25,19%. Em agosto do ano passado o custo do cesto de produtos básicos era de R$ 1.472,13.
Neste mês, o produto que registrou a maior elevação foi a batata inglesa, em 50,53%. A frente fria no Sul do país forçou os produtores a antecipar a colheita da batata inglesa para que não houvesse mais prejuízos com as geadas e isso comprometeu a produtividade do tubérculo. Dessa forma, essa redução na oferta é a responsável por aumentar as cotações.
Já a queda mais significativa foi verificada na cebola, em 34,01%. Essa redução é devida às boas condições climáticas nas regiões produtoras do Triângulo Mineiro (MG) e Cristalina (GO), favorecendo a qualidade e produtividade da cebola. Outro ponto citado é a dificuldade na venda de cebolas miúdas, que são menos atrativas ao mercado consumidor. Dessa forma, com mais cebolas disponíveis no mercado sem demanda suficiente o preço diminui.
Análise dos subgrupos
Os dados da pesquisa realizada nos últimos dias 1, 2, 3 e 4 de agosto, também englobam alimentos in natura, semi-industrializados, industrializados, produtos de higiene e limpeza e serviços tarifados, como água, energia elétrica e gás. Foi verificado que os artigos de higiene lideraram o aumento do cesto de produtos básicos, com aumento de 6,46%.
Também foi identificado aumento no preço dos produtos alimentares semi-industrializados, de 5%. Os alimentos in natura aumentaram em 4,55% e os materiais de limpeza aumentaram em 1,24%. Os produtos industrializados registraram queda de 0,43%. O grupo de serviços tarifados, como energia elétrica, água e gás de cozinha, registra aumento de preços, na ordem de 4,00%.
Neste mês, uma família chapecoense necessita de 1,68 salários mínimos (líquidos) para adquirir o cesto de produtos básicos.
Cesta tem quarto aumento
O preço da cesta básica acompanha a tendência do cesto de forma mais expressiva. Este é o quarto mês consecutivo que ela tem aumento. Na cesta de 13 itens a análise conjunta Unochapecó/Sicom Pesquisas identificou variação positiva de 4,18% de julho para agosto. No mês de julho, a cesta custava R$ 454,94 e para este mês, o custo passou para R$ 475,77. Em 12 meses há elevação de custo em 36,45%. Extra Comunica