A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos enviou nesta quarta (15) o processo de impeachment contra o presidente Donald Trump ao Senado.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, assinou o documento que contém as duas acusações contra Trump — os chamados “artigos de impeachment”, que são:
- Abuso de poder ao pedir investigação ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, contra a família de Joe Biden. Deputados consideraram a ação uma “interferência de um governo estrangeiro” em favor da reeleição de Trump em 2020;
- Obstrução ao Congresso por impedir diversas pessoas ligadas à sua administração de prestar depoimento (inclusive algumas que tinham sido intimadas) e por se recusar a entregar documentos aos investigadores durante o inquérito.
Após a assinatura de Pelosi, as acusações foram levadas ao Senado. Lá, o líder da maioria, o senador Mitch McConnell, afirmou que a casa está “pronta para receber” os deputados designados como promotores. O recebimento oficial do documento só deve ocorrer nesta quinta-feira, em outra cerimônia, informou o republicano.
Em breve discurso antes da assinatura das acusações contra Trump, Pelosi afirmou ser “muito triste e muito trágico” para os Estados Unidos “que as ações tomadas pelo presidente para comprometer a segurança nacional” tenha levado os deputados a entrar com o processo de impeachment.
Com o recebimento no Senado, inicia-se a fase preparatória do julgamento decisivo, em que os senadores atuarão como um júri e um grupo de sete deputados, como promotores. Esse time de parlamentares da Câmara foi oficializado após votação nesta tarde.
A resolução desta quarta que autorizou os procedimentos determinados pelos líderes do Partido Democrata passou por 228 votos a 193. A equipe de deputados que atuarão como promotores será liderada pelo presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Adam Schiff — um dos principais opositores de Trump. (Fonte G1).
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