O anúncio da entrada do presidente Bolsonaro – sem partido – no PL, presdido por Valdemar Costa Neto, causou a rejeição de parte da bancada do partido na Câmara e de lideranças regionais da legenda no Norte e no Nordeste. “Não tenho nenhuma condição política de estar no mesmo palanque do presidente Bolsonaro”, declara o deputado Marcelo Ramos (PL/AM), vice-presidente da Câmara, que tem se posicionado como oposição ao Planalto.
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Outros críticos da filiação protestam, utilizando expressão adotada pelo próprio presidente. “PL não será partido pra chamar de seu”, declaram, em reação à ideia de que Bolsonaro deseja comandar a legenda que o abrigar.
No comando da legenda, no entanto, o clima é de festa, e já se cogita que a filiação ocorra no dia 22 – número do partido. Pelas contas da cúpula do PL, a entrada de Bolsonaro levará ao súbito crescimento da bancada na Câmara, com a adesão de bolsonaristas. O PL conta hoje com uma das maiores da Casa, com 43 representantes. A expectativa é superar 63 deputados.
A eventual filiação também incomoda o PP, que corteja Bolsonaro. Os progressistas são hoje os principais aliados do presidente e se definem como “parceiros pela governabilidade”. O provável crescimento do PL na Câmara credencia a legenda a disputar a presidência da Casa, hoje sob o controle do PP de Arthur Lira (PP-AL). Ao mesmo tempo, também limita o inchaço do novo Aliança Brasil, que surgirá com a fusão entre DEM e PSL, que tramita na Justiça Eleitoral. Do R7