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Quando o trauma afeta a face

Acidentes domésticos, ciclísticos, automobilísticos, quedas, ferimentos por arma de fogo e a prática de esportes de contato, como o futebol, são momentos em que podem ocorrer traumas na face – terceira causa de mortes no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e uma das principais causas de atendimentos nos serviços de urgência do País.

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O trauma é algo inesperado e quando atinge a face, a especialidade responsável pela correção da estrutura e estabilização do paciente é a Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Segundo a última atualização do Conselho Federal de Odontologia, realizada neste ano, 6.867 cirurgiões-dentistas atuam nessa área. Destes, 5.143 são homens e 1.724 mulheres. Dada sua tamanha importância, no dia 13 de fevereiro é comemorado o Dia do Cirurgião Bucomaxilofacial

O Dr. Silvio Gallon, cirurgião e traumatologista bucomaxilofacial, é um dos profissionais responsáveis à frente da Clínica Arte & Face e referência na área em Chapecó e região. Ele afirma que com o avanço das técnicas e tecnologias, é possível deixar o paciente, mesmo com traumas faciais mais severos, com condições estéticas e funcionais muito próximas das anteriores ao trauma, principalmente no caso de traumatismos sem elementos perfurocortantes ou explosivos.

O especialista explica que o tratamento de um trauma facial se dá em dois momentos. “Primeiro, estabilizamos as estruturas, e muitas vezes o paciente precisa de procedimento cirúrgico de forma imediata. Depois, é feita a reconstrução do que foi perdido: dentes, parte de ossos e pele, por exemplo. É um trabalho minucioso e o cirurgião bucomaxilofacial tem papel importante na reabilitação, tanto estética quanto funcional. Com muito estudo, planejamento e calma, buscamos devolver ao paciente, dentro do possível, a perfeição da forma e função da face”, detalha Gallon.

O atendimento rápido, com o devido apoio tecnológico das imagens radiográficas e o diagnóstico clínico do profissional, são fundamentais para o desfecho do tratamento. Existem inúmeras terminações nervosas na face e colocar os ossos em sua orientação e posição corretas, restabelecer as funções e minimizar o dano estético são os objetivos do cirurgião. “A face acomoda os olhos, nariz e boca e, na ocorrência de um traumatismo, todas essas estruturas e funções podem ser comprometidas, sendo muito importante a atuação rápida e eficaz do cirurgião bucomaxilofacial, a fim de minimizar as múltiplas intervenções futuras e as sequelas do trauma”, complementa Dr. Silvio.

Ele ainda lembra que a maioria dos traumas exige uma abordagem multidisciplinar, com o apoio de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, cirurgiões plásticos, otorrinolaringologistas e outros profissionais da saúde, porque a face concentra várias estruturas sensoriais e multifuncionais. “Uma cicatriz na face pode ser estética, mas também funcional se o paciente não conseguir mexer parte do lábio, por exemplo, e isso agride a autoestima e o bem-estar dele. Precisamos fazer um plano de tratamento na reabilitação do trauma de forma a contemplar todos os detalhes para chegarmos no melhor resultado possível”, reitera.

A especialidade de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial é muito ampla e, além de tratar traumas da face, também integra a articulação temporomandibular, tumores, cistos, implantes e a cirurgia ortognática. “Questões estéticas e harmônicas da face podem e devem ser consideradas nas cirurgias, uma vez que o rosto é a expressão individual do ser, sendo seu cartão de visitas e seu painel de emoções. Assim, a responsabilidade do cirurgião bucomaxilofacial é muito grande, pois deve alinhar função, forma e percepção. Uma verdadeira arte em saúde”, completa Silvio. Por FVcomunica!

 

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