Desde março, estamos sendo orientados pelas autoridades regionais, amparadas pelo STF e pelos apocalípticos da grande imprensa, a ficarmos em casa para combatermos à Covid-19. Sem respaldo científico, apenas por simples achismo, tentaram a todo custo nos convencer que o isolamento social horizontal era a melhor saída para enfrentarmos a pandemia, mesmo que, para isso, se comprometesse a economia e outros setores cruciais da sociedade, dentre eles, a educação. Dessa forma, vimos, além de empresas fecharem suas portas, estudantes perderem o ano letivo, sofrendo diretamente as consequências da teoria do caos, que sabemos muito bem a quem interessa.
Passado esse longo período sem aula, alguns movimentos pró retorno começam a ganhar força no Brasil, mas encontram a resistência de sindicatos de docentes que acionam a justiça para não voltarem às salas, como ocorreu no Rio de Janeiro. Conforme publicado no Jornal de Brasília, exemplos da Alemanha e da República Tcheca, os primeiros a reabrirem as escolas dentre os europeus que fizeram lockdown, demonstram que não houve aumento no número de infectados após essa medida. Estudos em escolas mostraram que era incomum a transmissão do novo corona vírus entre alunos. Inclusive, uma pesquisa conjunta feita por dois países que adotaram ações diferentes (a Suécia, que manteve o ensino primário funcionando, e a Finlândia, que fechou de 18 de março a 13 de maio), concluiu que a interrupção das aulas não teve efeito mensurável no número de casos de Covid-19 entre as crianças. Nem o uso de máscara foi recomendado pelos suecos que, mesmo assim, apresentam umas das menores taxas de óbito do velho continente.
Os maiores índices de contágio com o vírus chinês tem se dado dentro das casas, o que demonstra que fechar os educandários tem sido inócuo e perverso com os estudantes.
Mesmo estacionado em um dos últimos lugares no ranking do PISA, o Brasil já figura entre as nações que mais tempo manteve as escolas fechadas. Em alguns Estados, são aproximadamente duzentos dias de inatividade, enquanto a França cancelou as aulas por cinquenta e seis, a Alemanha por sessenta e oito e o Japão por quarenta e cinco dias.
Precisamos urgentemente reabrir as escolas, tomando as medidas de proteção necessárias às crianças e aos professores, antes que tenhamos maiores prejuízos aos estudantes, que são vítimas dessa política de propagação do medo, onde os adeptos da teoria do caos tentam nos convencer de que a ciência exige a ruína do aprendizado dos nossos estudantes…
Eder Boaro – instrutor Master Mind e colunista político