Coluna PELO ESTADOPolítica

RETICÊNCIAS: Não foi pela menina, foi pela causa

Na semana passada, um assunto mexeu com os ânimos dos brasileiros. Preferi escrever sobre isso somente nessa coluna para compreender melhor os fatos e marcar a minha posição quanto ao ocorrido. Uma criança de 10 anos foi estuprada pelo tio no Estado do Espírito Santo. A família optou pelo aborto, nesse caso permitido pela nossa legislação, o que foi feito no Estado de Pernambuco, após o Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, em Vitória, se negar a realizar o assassinato. O feto, com vinte e três semanas, foi morto dentro do ventre materno e depois expelido de modo natural pela menina. Inócuo dizer que precisamos tratar os crimes de violência sexual com penas mais severas, como prisão perpétua ou castração química, porém, o debate que quero promover é sobre o desejo de alguns em matar uma vida inocente, pelo simples fato de se ter a permissão legal.

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Um estudo promovido pela Dra. Hercília Guimarães, presidente da Sociedade Europeia de Neonatologia, aponta que quarenta por cento das crianças que nascem com vinte e quatro semanas sobrevivem e, nesse caso da menina brasileira, essa fase da gestação teria sido alcançada esta semana. Não se trata de obrigar a criança estuprada a manter a gravidez, mas fazer a retirada do bebê com vida.

Nos últimos anos conheci quase uma dezena de mulheres que sofreram abusos sexuais na infância e todas elas sentem-se culpadas pelo ocorrido, mesmo tendo consciência de que eram apenas vítimas de monstros criminosos. Portanto, afirmo, sem medo de errar, que essa menina que teve seu filho morto no próprio ventre, em poucos anos estará arrependida desse assassinato cometido por decisão de seus familiares e, além do trauma dos estupros recorrentes, que não diminuirão com o aborto, carregará uma dor de culpa por ter permitido a morte dessa criança. O bebê poderia, caso sobrevivesse após o parto, ser oferecido para a adoção, conforme desejo de vários casais que haviam se manifestado para isso e seria permitido à mãe saber que o filho estaria vivo aos cuidados de outra família.

Alguns dos apoiadores desse crime contra o feto, que se diziam preocupados com a saúde física e mental desta criança de dez anos, na verdade estavam pavimentando o caminho para a liberação do aborto de modo geral, pauta essa reiterada por muitos para promover o assassinato de bebês, num gesto equivocado e repugnante de mostrar o poder feminino. Infelizmente a luta de alguns nesse caso nunca foi pela menina, mas sim, pela abjeta causa abortista…

Eder Boaro – Instrutor Master Mind e colunista Político

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