Com um crescimento de 4%, o Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina chega a R$ 277,19 bilhões e coloca o Estado com a sexta maior economia do país, posição antes ocupada pela Bahia. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Indústria de Transformação, Comércio e Atividades Imobiliárias estiveram entre os destaques no desempenho catarinense. Os dados são relativos a 2017 e foram analisados pela equipe econômica da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE).
“Temos aqui em Santa Catarina todos os ingredientes para crescer. Temos uma logística favorável, melhores portos e principalmente, um povo empreendedor. Vamos continuar trabalhando para incentivar ainda mais o desenvolvimento do nosso Estado, gerando oportunidades aos catarinenses”, destaca o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lucas Esmeraldino.
O economista da SDE, Paulo Zoldan, reforça ainda que a economia catarinense vem ganhando participação no cenário nacional desde 2002, quando representava 3,7% no PIB do país e, em 2017, subiu para 4,2%. Antes disso, houve retração em 2015 e 2016. “Somos o único estado do Sul do Brasil a ter este destaque durante o período”, avalia. No período, Santa Catarina cresceu em ritmo superior ao Brasil, que avançou apenas 1,3%.
Atividades em destaque
A Agropecuária representou 6,1% do valor adicionado bruto do Estado em 2017 e teve crescimento em volume de 9,5%. O resultado foi influenciado pelo apoio à lavoura, pós-colheita, produção florestal, pesca e aquicultura, que variaram em volume 11% e 15% respectivamente. Na primeira atividade, houve aumento do cultivo de arroz, de milho e de soja, enquanto que na segunda, o destaque foi para a silvicultura de lenha e madeira em tora.
A Indústria catarinense apresentou variação em volume 1,4% em 2017, afetada principalmente pelo crescimento da indústria de transformação – atividade de maior participação na economia estadual – com 20% devido à fabricação de produtos alimentícios, celulose, metalurgia e de peças e acessórios para veículos automotores. Já a construção civil se retraiu pelo terceiro ano consecutivo. Em 2017, a redução foi de 5,8% para 4,8%.
No setor de Serviços, o resultado em volume também foi positivo, com crescimento de 3,9%, influenciado, sobretudo, pelo comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e atividades imobiliárias, duas das principais atividades de serviços. Em relação ao comércio, Santa Catarina foi o estado com maior variação em volume da atividade (10,8%), devido aos comércios varejistas de hipermercados, combustíveis, móveis e eletrodomésticos e equipamentos de informação e comunicação. Já em Atividades Imobiliárias, a variação foi de 2,9%, influenciada pelo aluguel de imóveis próprios. Os serviços de informação e comunicação cresceram 5,4% e os de alojamento e alimentação, 4,4%.
Serviços ampliam a participação na economia catarinense
Vale ainda destacar que o setor de serviços vem ampliando a participação na economia catarinense. Em 2010, o setor contribuía com 60,5% do PIB estadual. Em 2017, essa participação passou para 66,9%. Dentro do setor de serviços os segmentos que mais se destacaram foram: comércio, manutenção e reparação de veículos automotores e motocicletas; transportes, armazenagem e correio; serviços de alojamento e alimentação; serviços de informação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e relacionados e atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e complementares.