O Sindicato Rural de Chapecó e Região está com inscrições abertas para a participação de produtores no programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). O programa oferece acompanhamento técnico durante dois anos para desenvolvimento da produção, gerenciamento das atividades e gestão dos negócios. A oportunidade é para as cadeias leiteira, pecuária de corte e agroindústrias artesanais, nova ATeG ofertada pelo Senar no Estado.
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Os produtores interessados no programa devem entrar em contato com o Sindicato Rural, que abrange seis municípios do entorno de Chapecó, além da sede — Guatambu, Caxambu do Sul, Cordilheira Alta, Planalto Alegre, Nova Itaberaba e Coronel Freitas. De acordo com o presidente do Sindicato e vice-presidente regional da Faesc, Ricardo Lunardi, as novas turmas das cadeias leiteira e agroindústria iniciam a assistência técnica em setembro e outubro, e a da pecuária de corte a partir de maio do próximo ano.
“Todos os produtores que já participaram do programa manifestam o desejo de permanecerem com assistência técnica porque a ATeG melhora a produtividade e possibilita o incremento da renda nas propriedades. É um trabalho técnico que utiliza dados e metodologias que contribuem no gerenciamento das atividades como controle de custos, manejo adequado e tomada de decisões”, explica Lunardi.
Segundo o presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, a assistência técnica e gerencial tem alcançado resultados relevantes em oito cadeias produtivas em Santa Catarina: pecuária leiteira e de corte, ovinocultura, apicultura, olericultura, fruticultura, piscicultura e maricultura. A inovação deste ano na agroindústria amplia o atendimento no setor que tem crescido exponencialmente no Estado.
“O programa já está consolidado e todo ano mostra a evolução das propriedades em todas as regiões. Na nova cadeia, nosso objetivo é agregar valor à produção de alimentos nas pequenas e médias agroindústrias familiares, que são mais de 1.300 no Estado”, detalha Pedrozo.
Lunardi afirma que a oferta do programa é um avanço na região que se destaca na cadeia da agroindústria. “Temos mais de 100 produtores na região que trabalham com agroindústria artesanal, seja na produção de carnes e derivados ou leite e derivados. É uma área forte e em pleno desenvolvimento que certamente vai agregar ao Estado em produtividade a partir da assistência técnica e gerencial”.
Qualificação
Segundo a coordenadora estadual do programa nas cadeiras de leite e agroindústria artesanal, Paula Araújo Dias Coimbra Nunes, a ATeG atende 1.785 propriedades em 144 municípios do Estado na produção de leite e ajudou a aumentar em 14% a produtividade média de todas as propriedades assistidas em apenas um ano de atendimento. Na nova cadeia ofertada, o programa vai qualificar produtores para gestão básica das agroindústrias, boas práticas de fabricação e de manipulação de alimentos.
“É um trabalho continuado, que engloba todos os processos da cadeia produtiva e possibilita a realização de ações efetivas nas áreas econômica, social e ambiental, assim como os processos de gestão do negócio. Tudo isso possibilita a evolução socioeconômica da família e da comunidade”, ressalta Paula.
Na pecuária de corte, conforme o coordenador estadual, Antônio Marcos Pagani de Souza, são atendidos 1.479 produtores rurais em 134 municípios, número que abrange 46% do território estadual. “Com a ATeG, foi possível incrementar o faturamento anual total das propriedades assistidas de R$ 73,7 milhões para R$ 84,3 milhões, aumento de 14% em três anos, além do melhoramento genético. O programa representa um avanço na capacitação dos produtores rurais”, destaca. (MB Comunicação).