O pedido de impeachment do caso dos respiradores foi aprovado nesta (26) e o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), será novamente afastado do cargo. A suspensão ocorre por até 120 dias. A decisão foi tomada por 6 votos a 4 pelo tribunal de julgamento formado por desembargadores e deputados estaduais. A sessão durou mais de 14 horas.
Moisés estará afastado do governo de SC a partir da terça (30), segundo informou o presidente do tribunal de julgamento, o desembargador Ricardo Roesler. No lugar dele, a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) voltará a comandar o Estado. Ela já havia assumido em novembro de 2020, quando o chefe do Executivo foi afastado temporariamente por causa de outro processo de impeachment. No período fora do governo, Moisés terá redução de um terço dos salários.
O julgamento desta sexta aparentava clima de maior tranquilidade para o governador em relação ao primeiro processo de impeachment sofrido por ele, no ano passado. Na ocasião, Moisés também chegou a ser afastado temporariamente na primeira votação, mas depois viu a denúncia ser arquivada no julgamento da corte e retornou ao cargo.
Após ficar um mês fora do governo e se ver ameaçado pelo impeachment, o governador reconstruiu a articulação política com outros partidos e com os parlamentares, uma das principais críticas ao governo na primeira metade do mandato. Dois deputados estaduais chegaram a ser nomeados como secretários do governo – Altair Silva (PP), na Agricultura, e Luiz Fernando Vampiro (MDB) na Educação – para melhorar a relação do Executivo com o Legislativo.
No entanto, quando a votação começou, o tribunal de julgamento logo revelou uma tensão maior do que a esperada para o governador. Três dos quatro primeiros votos, incluindo o da relatora do caso, a desembargadora Rosane Portella Wolf, foram pelo recebimento da denúncia contra Moisés. Essa decisão provoca automaticamente o afastamento temporário de Moisés do cargo por até 120 dias e leva o processo para uma fase de produção de provas e depoimentos. Do NSC Total
Placar da votação
1. Rosane Wolff: SIM
2. Desembargadora Sônia Schmitz: SIM
3. Deputado Marcos Vieira: NÃO
4. Desembargador Roberto Pacheco: SIM
5. Deputado José Milton: NÃO
6. Desembargador Luiz Zanelato: SIM
7. Deputado Valdir Cobalchini: NÃO
8. Deputado Fabiano da Luz: NÃO
9. Desembargador Luiz Fornerolli: SIM
10. Deputado Laércio Schuster: SIM